domingo, 4 de setembro de 2011

Cap 01



BRASIL – CIDADE DO INTERIOR DE SÃO PAULO – 1980




Prefeito : Me perdoe dona Agatha, mas ele não pode mais ficar aq.
A: mas seu prefeito ele é só uma criança! E ele só tá passando as férias aq no Brasil
P: mas não dá mais, eu já recebi varias reclamações, esse menino é um terror...
A: ele não faz isso por maldade não, é só brincadeira... – dizia tentando amenizar a situação
P: eu sei q ele faz por brincadeira, mas esse menino já tem quantos anos?
C: oito han! – gritava a criança com raiva
P: ele já ta grandinho p saber oq é certo e errado e sinceramente as coisas q ele fez ...
A: mas oq tem de tão grave em umas travessuras? – perguntava Agatha agoniada com a situação do neto
P: a senhora acha q contaminar o reservatório de água da cidade é pouca coisa? Abra sua torneira, olha a cor da água
Agatha caminha até a torneira e ao abrir a água começa a sair vermelha
A: mas oq é isso? - dizia assustada
P: diz p sua avó Claude, diz o q vc me falou...
C: vovó a água era muito sem graça han... e eu gosto de vermelho
P: tá vendo...
A: mas só foi isso, ele não vai mais aprontar – dizia Agatha sem graça
P: só isso? Ele destruiu o filme do cinema, colocou pimenta na comida da quermesse da igreja, pegou os peixes da fonte da praça e jogo no rio..
C: tadinho deles vovó, só nadavam em circulo han... assim non tem graça
P: ele tirou a lâmpada da ambulância do hospital, colocou fogo no celeiro da fazendo Boa Viagem, além de soltar o gado por dentro da cidade... quer q eu continue?
A: eu já entendi, o meu neto tem q sair da cidade... – dizia Agatha com os olhos cheios de lágrima
P: me perdoe dona Agatha, mas seu neto é pior q seus filhos q eram umas pestes e todo mundo tem me feito reclamações.
A: não se preocupe, amanha mesmo ele volta p frança.
 

O prefeito sai da casa de Agatha com a promessa da partida do menino. Agatha abraçava o neto.
 

A: ta vendo, eu mandei vc se comportar, agora vai voltar p frança
C: non vovó, aq é ton bom
A: mas olha oq vc fez...
 

Claude vai embora no outro dia p a frança.
Alguns anos depois seu pai se torna embaixador Frances no Brasil e Claude se muda p são Paulo.

 

1990 – Brasil, São Paulo
 

MANCHETE DOS JORNAIS
Embaixador Frances no Brasil morre em acidente junto com sua esposa. Ambos deixaram um filho de 18 anos.